Mobelhas. Mergulhões. Pardelas. Corvos. G/Patolas.


Mobelhas:

Aves aquáticas habitam sobretudo lagos de água doce e rios, podendo deslocar-se para zonas costeiras. A sua distribuição geográfica, na época de reprodução, está limitada ao Norte da Europa e da América do norte. No inverno alguns exemplares deslocam-se para latitudes mais baixas.
Em Portugal sendo considerado uma raridade, é frequente durante o Inverno serem observados alguns indivíduos, principalmente das espécies Mobelha-grande e Mobelha-pequena em zonas portuárias, estuários e lagunares junto à costa.
 
 

Mobelha-pequena. Gavia stellata

É a mais pequena das mobelhas. Tendo um vôo forte e poderoso, grande parte da sua vida é passada a nadar. Alimenta-se de peixes e anfíbios que captura mergulhando a partir da superfície da água. Sendo solitária na Verão pode formar pequenos bandos no Inverno.
 

Data: 02-12-2012
Local: Peniche
Observações: Adulto em plumagem de inverno



Mobelha-grande. Gavia immer 

É a maior das mabelhas. Tendo um vôo forte e poderoso, grande parte da sua vida é passada a nadar. Alimenta-se de peixes e anfíbios que captura mergulhando a partir da superfície da água. Sendo solitária na Verão pode formar pequenos bandos no Inverno.
 




Data: 09-12-2012
Local: Peniche
Observações: As fotos são todas do mesmo indivíduo. Juvenil.





Mergulhões:

Os mergulhões são aves de médio porte, sobretudo aquáticas que habitam zonas de água doce como estuários, lagos e rios. Na Europa existem cinco espécies de mergulhões.
A plumagem é geralmente castanha ou cinzenta, sendo a zona ventral mais clara. O dimorfismo sexual, quando presente, ocorre apenas no período nupcial. O pescoço alongado termina numa cabeça arredondada com bico pontiagudo, por vezes ligeiramente encurvado. O corpo é estreito, com as patas localizadas quase na zona terminal, uma adaptação à natação e ao mergulho que torna estas aves bastantes desajeitadas em terra. As asas são curtas mas fortes e permitem voo durante longas distâncias; algumas espécies são migratórias.
São sobretudo aves solitárias mas formam casais durante a época de reprodução ou grandes grupos nas alturas de migração.
As posturas, com 3 a 9 ovos, são feitas em ninhos isolados, construídos na água em montes de lama ou zonas de vegetação aquática densa.

 
 


 Mergulhão-pequeno. Tchybaptus ruficollis

É o mais pequeno dos mergulhões. Nidificante e bastante comum em todas as regiões de Portugal continental é mais escasso a norte. Prefere zonas aquáticas, por vezes de reduzidas dimenções, com vegetação palustre abundante, mas também pode ser encontrado onde esta é escassa. A sua época de reprodução pode ser bastante alargada, pessoalmente já pude observar um casal com crias, no mês de Novembro, na zona de Setúbal.
Alimenta-se de peixes, insectos, crustáceos e moluscos que captura mergulhando a partir da superfície da água.
No Inverno pode ser observado em pequenos bandos.
 

Data: 08-04-2012
Local: Ferrel
Observações: Adulto em plumagem nupcial



 
Data: 08-04-2012
Local: Ferrel
Observações: Adulto em plumagem nupcial


Data: 11-04-2012
Local: Lagoa de Albufeira
Observações: Adulto em plumagem nupcial



Data: 24-02-2012
Local: Lagoa de Albufeira
Observações: Adulto em plumagem de transição


Data: 18-11-2012
Local: Ponta da erva
Observações: Adulto em plumagem de inverno



Mergulhão-de-pescoço-preto. Podiceps nigricolis

Também vulgarmente conhecido por Cagarraz, este pequeno mergulhão frequenta, no inverno, zonas lagunares, estuários, enseadas costeiras e ETAR`s, sendo o estuário do Sado a sua principal zona de invernada pode porém ser observado um pouco por todo o país, muito embora em menor número no norte. Antes da migração de Primavera pode ser observado em pequenos bandos.
Alimenta-se de peixe, insectos, crustáceos e moluscos que captura mergulhando a partir da superfície da água.



Data: 16-02-2013
Local: Estuário do Sado
Observações: Adulto em plumagem de transição



Data: 22-01-2013
Local: Estuário do Sado
Observações: Adulto em plumagem de inverno


Mergulhão-de-crista. Podiceps cristatus

É o maior dos mergulhões. Residente em Portugal, destribui-se de norte a sul do país, habitualmente frequenta lagoas e represas de média dimensão ou braços de grandes barragens.
Sendo solitário no Verão, no Inverno pode formar pequenos bandos.
Alimenta-se de peixe que captura mergulando a partir da superfície da água.

Data: 10-09-2010
Local: Ludo
Observações: Adulto em plumagem de inverno




 

Pardelas:

As pardelas são um grupo de aves pelágicas, que habitam os mares de águas temperadas e geladas, sobre as quais evoluem planando em vôo rasante, aparentemente sem o mínimo esforço. As pardelas vão a terra, normalmente ilhas pouco ou nada habitadas, apenas para nidificar. Podem viver muitos anos, em 2003 foi capturada uma pardela que tinha sido anilhada em 1953 quando já teria cerca de cinco anos. Nos mares europeus existem seis espécies.
 
 

Cagarra. Calonectris diomedea 

Também conhecida como Pardela-de-bico-amarelo é a maior pardela do Atlântico. Tem nas ilhas dos Açores e da Madeira as suas principais colónias de nidificação, no continente nidifica no arquipélago da Berlengas. É uma ave que só vai a terra para nidificar. O ninho é construído como uma espécie de toca e visitado pelos progenitores apenas durante a noite. Cada postura é composta por um único ovo. A alimentação das cagarras é feita à base de peixes e cefalópodes





Data: 29-10-2012
Local: Peniche
Observações:

Painhos:


Sendo as menores aves marítimas, devido ao seu tipo de voo, rápido e rasante e à sua plumagem escura fazem lembrar as andorinhas. Os painhos alimentam-se de pequenos peixes e crustáceos que habitam a superfície dos oceanos.

Nas costas europeias ocorrem quatro espécies. Os painhos são aves essencialmente pelágicas, que vivem viajando pelos oceanos. As únicas visitas a terra firme decorrem na época de reprodução, onde estabelecem colónias numerosas em ilhas remotas. Os painhos são extremamente fiéis aos seus locais de origem e nidificam apenas na ilha onde eles próprios nasceram. Esta  inflexibilidade de escolha de locais de nidificação torna as várias espécies de painhos muito vulneráveis a pressões ecológicas, particularmente a degradação de habitat e introdução de espécies invasoras.
 
 

Painho de cauda quadrada. Hydrobates pelagicus

 
É um pouco mais pequeno que os outros painhos, distinguindo-se pelo voo mais rápido. Tal como os restantes membros da sua família, é uma ave de hábitos marinhos, que passa a maior parte da sua vida no mar e apenas vem a terra para nidificar. Contudo, nas zonas de reprodução é uma ave de hábitos nocturnos, evitando assim a predação por parte de gaivotas e moleiros.Esta espécie nidifica em ilhas pouco acessíveis no Atlântico Norte e também no Mediterrâneo ocidental (ilhas Baleares). Os maiores núcleos populacionais situam-se na Irlanda, na Escócia e nas Ilhas Feroé, sendo neste último arquipélago que se situa a maior colónia do mundo (na ilha de Nólsoy).

Data: 18-06-2010
Local: Peniche
Observações:


 
 

Painho-casquilho. Oceanites oceanicus

 

Data: 14-09-2013
Local: Monte do urso 25Mn a oeste de Cascais
Observações: Efectuadas durante uma pelágica, na qual nem o mar, nem a luz estavam de feição.
 

Corvos marinhos:


Corvo marinho de faces brancas. Phalacrocorax carbo

Invernante em Portugal, pode ser observada em grande parte do território nacional sendo porém mais numerosa a sul. Frequenta: zonas costeiras, de preferência rochosas, estuários rios e ribeiras lagos e barragens. Alimenta-se de peixe que captura mergulhando a partir da superfície da água. nidifica no norte e centro da Europa.
Data: 04-02-2013
Local: Peniche
Observações: Adulto em plumagem de transição




Data: 06-12-2011
Local: Barroca d`alva
Observações: Juvenil em plumagem de inverno




Corvo marinho de crista. Phalacrocorax aristotelis

Também conhecido por Calheta é uma ave com distribuição muito localizada, frequenta zonas costeiras rochosas, onde nidifica. Em Portugal é mais frequente na zona de Peniche, cabo da Roca e cabo Espichel, o seu número total é relativamente reduzido. Alimenta-se de pequenos peixes que apanha mergulhando, em águas pouco profundas da zona costeira.
Data: 01-03-2011
Local: Peniche
Observações: Adulto em plumagem nupcial




Data: 01-05-2010
Local: Peniche
Observações: Juvenil





Ganso patola:

O ganso-patola  é uma grande ave marinha. As aves jovens são de coloração marrom escura em seu primeiro ano, e gradualmente começam a tornar-se mais claros nas estações subsequentes, até atingirem a maturidade  ao fim de cinco anos. Os adultos medem 87–100 cm de comprimento e 165–180 cm de envergadura. Nidificam no Atlântico norte em ilhas rochosas onde formam grandes colónias.
Sendo aves que migram entre o Atlântico norte e sul, a melhor mépoca para serem observadas em Portugal é no Outono. Alimentam-se de peixes que capturam efectuando espectaculares mergulhos que podem atingir 40 metros de prefundidade.

 

Ganso patola. Sula bassana

Data: 26-10-2012
Local: Peniche
Observações: Juvenil



Data: 26-10-2012
Local: Peniche
Observações: Primeiro verão




Data: 26-10-2012
Local: Peniche
Observações: Segundo verão




Data:26-10-2012
Local: Peniche
Observações: Terceiro verão



Data: 26-10-2012
Local: Peniche
Observações: Adulto















 

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